Com o objetivo de trazer inovação e inclusão financeira para as favelas, Celso Athayde, fundador da Cufa e CEO da Favela Holding, anunciou o pré-lançamento do Favela Bank, o primeiro banco direcionado para esse público. O projeto, em fase piloto há quase um ano, está previsto para ser oficialmente lançado em setembro, contando com o apoio do Banco Pan, que entrará como sócio no empreendimento. Esse passo importante foi revelado durante o South Summit, em Porto Alegre, evento presidido por José Renato Hopf, parceiro de Athayde na iniciativa.

O Potencial Transformador do Favela Bank

Na etapa piloto, o banco abriu 30 mil contas, realizou 290 mil transações e movimentou mais de R$ 21 milhões. Athayde destaca a importância desse projeto inovador, que visa atender não apenas as favelas, mas também a periferia em geral. A proposta não é massificar o serviço, mas sim atender a uma parcela da população que muitas vezes não é adequadamente servida pelos bancos tradicionais.

Inclusão Financeira e Desafios

O Favela Bank buscará uma licença de instituição de pagamento inicialmente, com planos de se tornar um banco completo, oferecendo serviços como crédito, cartão, investimentos e seguros. Com a atuação de 5 mil "gerentes" da Cufa, treinados para atender os clientes e ganhar comissões, o banco pretende preencher uma lacuna existente no mercado financeiro brasileiro. Athayde enfatiza a importância de falar a linguagem da favela e garantir uma abordagem autêntica e inclusiva.

O Favelês e a Especialização na Favela

Athayde ressalta a diferença de abordagem do Favela Bank em relação aos bancos tradicionais, destacando a especialização da instituição na realidade das favelas. O projeto busca fomentar o desenvolvimento econômico dessas comunidades, promovendo a inclusão financeira de forma facilitada e sustentável. Com uma estrutura diferenciada e o apoio de parceiros como o Banco Pan, o Favela Bank aspira a criar impacto social positivo e empoderar economicamente as favelas e áreas periféricas do país.

Em um cenário em que muitos bancos tradicionais enfrentam desafios para atender a população de baixa renda, Athayde destaca a importância do compromisso social e da singularidade do Favela Bank em criar soluções financeiras adaptadas e acessíveis para as comunidades menos favorecidas. A proposta vai muito além de um banco convencional, buscando promover uma mudança significativa e positiva no cenário financeiro do país, com foco na inclusão e no desenvolvimento sustentável das favelas e áreas periféricas.

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Por /Álvaro Campos e Mariana Ribeir